Llamamientos de Brasil y Perú al Paro Internacional de Mujeres

Fospa Colombia
Fospa Colombia marzo 7, 2017
Updated 2017/03/07 at 9:48 AM

Declaração da Articulação de Mulheres Brasileiras no 8 de Março de 2017

www.articulacaodemulheres.org.br

Há mais de século organizações de mulheres mobilizam e fazem do dia 8 de março um dia internacional de luta por justiça e igualdade. Este ano o internacionalismo feminista propõe uma pauta unificada em cada lugar onde há mulheres organizadas: nas cidades, campos, litorais e florestas. Uma pauta de luta contra a restauração da direita e do pensamento conservador. As forças desta reação conservadora são econômicas, fundamentalistas religiosas, patriarcais, racistas e ultraliberais. Elas atuam contra a igualdade e a justiça, contra as forças da liberdade, entre as quais encontram-se os movimentos de mulheres.

Elas colocam em xeque a conquista de nossos direitos, fruto de muitas lutas, por meio do enxugamento dos gastos sociais, da privatização dos serviços públicos e dos bens comuns da natureza e atuam na deslegitimação das lutas por justiça lideradas pelos sujeitos políticos historicamente oprimidos e explorados.

No Brasil, como em outras partes do mundo, os direitos trabalhistas, previdenciários, o direito à saúde, à educação, à moradia, ao meio ambiente sadio vêm sendo desmontados. Todas as formas de opressão e dominação – o machismo, o racismo, a lesbofobia, a xenofobia, a transfobia, a militarização, a exploração capitalista – atuam articuladamente contra nós mulheres e contra o princípio dos direitos humanos.

Nosso país enfrenta as forças do golpe parlamentar-jurídico-midiático, da repressão e criminalização dos movimentos sociais. Confrontamos hoje uma agenda de propostas para a supressão de direitos a partir de um Congresso majoritariamente golpista, lacaio dos interesses do capital e das forças fundamentalistas religiosas.

Lutamos para barrar a Reforma da Previdência, pois  o que está em xeque é o princípio da proteção social como direito para a classe trabalhadora e para as mulheres desta classe. A divisão sexual do trabalho nos responsabiliza pelas tarefas domésticas e isso nos gera mais horas de trabalho diário, menos tempo de descanso, menores rendimentos e somos maioria, sobretudo as mulheres negras, no trabalho informal e precarizado. Portanto, somos a parte mais explorada da classe trabalhadora: é sobre a superexploração da nossa força de trabalho, que o capital mais extrai seus lucros. O importante avanço que tiveram as trabalhadoras domésticas nos últimos anos, que representou maior proteção social, está fortemente comprometido com essa reforma. Reside aí o viés racista desta proposta, pois é a população negra feminina que se encontra majoritariamente nos subempregos, com baixos salários e com pouco ou nenhum acesso à previdência.

Lutamos pelo fim do racismo, em todas as suas formas e expressões. Queremos eliminar o racismo institucional praticado pelo Estado e seus agentes públicos, que extermina e encarcera a juventude negra fora e dentro dos presídios – inclusive as mulheres, que nos últimos 15 anos tiveram elevado em 567% o seu encarceramento; que promove e/ou permite o massacre das populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas; que cala diante do  avanço da violência contra as mulheres negras, sendo estas as maiores vítimas do feminicídio, violência doméstica e violência sexual. O racismo oprime, explora, adoece e mata, além de excluir a população negra e indígena dos espaços de poder e decisões políticas.

Lutamos pelo fim da criminalização das mulheres quando precisam abortar, porque a penalização destas não resolverá a  gravidez indesejada – um problema real que por vezes se instala em nossas vidas. Não há responsabilização dos homens; não há acesso fácil  aos métodos contraceptivos; há falhas frequentes  desses métodos criados pela tecno-ciência patriarcal, e nenhum deles é 100% seguro. O avanço do conservadorismo e do fundamentalismo impõe barreiras ao acesso a informações e educação, deixando as mulheres e também jovens e adolescentes, sem orientação sobre contracepção. Além disso, nós mulheres continuamos sujeitas a todo tipo de violência sexual: estupros, incestos, abusos sexuais, seja fora ou dentro da  familia. Sem falar no machismo expresso na resistência de homens que não querem usar a camisinha e/ou tentam manter suas companheiras sob seu controle negando-lhes o direito à autodeterminação reprodutiva.

Lutamos pelo fim de todas as formas de violência: em casa, nas ruas, nas escolas, nos momentos de lazer e nos locais de trabalho. Lutamos contra o ódio às mulheres e às práticas de exploração e expropriação de nossos corpos que nos transforma em objeto e mercadoria. Seguiremos resistindo à prática da violencia machista que tenta disciplinar nossos corpos e desejos e controlar nossas vidas.

Por uma vida plena, liberdade e autonomia para todas as Mulheres!

AMB na resistência!

Contra o golpe e por  Democracia!

Pelo fim do estado policial e repressor!

Contra o racismo! Por uma previdência social pública e solidária!

Pela legalização do aborto!

Pelo fim da violência contra as mulheres!

AMB na paralização internacional de mulheres!

Pelo fim das políticas neoliberais e ultra conservadoras! Contra os fundamentalismos! Contra a Direita! Por mais direitos!

Neste 8 de março vamos Protestar! Denunciar! Vamos Parar!

Facebook:  Parada Brasileira de Mulheres

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Las mujeres peruanas y las migrantes que viven en el Perú, todas las mujeres en su más amplia diversidad, vivimos violencias que se han normalizado a través del tiempo, violencias que recaen sobre nosotras por ser leídas como “mujeres”, es decir, como parte de un género al que se le ha desposeído de poder, autonomía y libertad.
A pesar de las leyes que actualmente se han dado para proteger y garantizar nuestras vidas, estas no podrán ser efectivas si se mantiene la estructura social, el patriarcado, que nos coloca en una situación de inferioridad. Las mujeres no seremos libres mientras el patriarcado no caiga, y la única forma de que esto suceda es integrando todas las vertientes que hacen posible que se mantenga hasta la actualidad: la legal, la educativa, la cultural, la económica, la política y la social.
Necesitamos revertir todas las estructuras de poder que generan desigualdad (capitalismo, patriarcado, heterosexualidad como régimen político) y por eso nos organizamos. Desde hace más de un siglo, las mujeres nos hemos juntado para reflexionar y encontrar solución a nuestros problemas, y gracias a estas mujeres, que se denominaron feministas, es que hemos podido avanzar. En ese camino nos encontramos ahora, siguiendo el legado de ellas, organizándonos para el presente y soñando con un mundo mejor para las nuevas generaciones de mujeres que vendrán.
Estamos seguras de que las acciones colectivas y las medidas extraordinarias son las mejores vías para asegurar que los derechos de las mujeres avancen y por ello nos adherimos a la gran acción que se realizará a nivel internacional este 8 de marzo, Día de las Mujeres: el Paro Internacional de Mujeres.
Las mujeres peruanas y las migrantes que viven en el Perú, todas las mujeres en su más amplia diversidad, exigimos:
  • Implementación del Enfoque de Género en la educación de todos los niños, niñas y adolescentes del Perú, para una educación sin estereotipos y en igualdad. Nuestra educación no será la base de la desigualdad.
  • Campañas nacionales contra la violencia machista que incluya violencia contra las personas LGTBI. Nuestra cultura no será la base del machismo.
  • Tratamiento adecuado de la violencia de género en los medios de comunicación. Los medios de comunicación no reforzarán la violencia contra las mujeres.
  • Frenar la violencia contra las mujeres que ciega sus vidas. Ninguna mujer morirá por la violencia machista.
  • Atención rápida, efectiva y puntual a las mujeres que denuncian violencia de género (verbal, emocional, física), sin revictimización, con apoyo psicológico continuo y medidas de protección inmediatas. Nuestras vidas importan.
  • Imprescriptibilidad de los crímenes de violencia sexual cometidos por civiles y militares. Nuestros cuerpos no serán más botín de guerra ni en tiempos de paz.
  • Los responsables materiales y políticos de crímenes de lesa humanidad contra las mujeres son sancionados. Ninguna mujer se quedará sin justicia. Esterilizaciones Forzadas nunca más.
  • Derechos laborales para las trabajadoras del hogar. Ninguna mujer trabajará en un régimen laboral de explotación.
  • Derechos laborales para las trabajadoras sexuales. Ninguna mujer trabajará sin derechos.
  • Reconocimiento del trabajo doméstico y de cuidado como un trabajo que tiene que ser compartido, valorado y remunerado. Ninguna mujer será la esclava del hogar.
  • Eliminación del trabajo infantil en el trabajo doméstico. Ninguna niña será forzada a trabajar.
  • Erradicación de la explotación sexual y de sus articulaciones empresariales-político-policiales. Nunca más una mujer será explotada sexualmente en nuestro país.
  • Ninguna mujer rescatada víctima de trata de personas será privada de su libertad. Se garantizará y monitoreará que hayan sido informadas de sus derechos (a ellas y a sus familiares) y que estén recibiendo defensa legal. El estado nunca más evadirá su responsabilidad en la atención integral y protección a las sobrevivientes y sus familias.
  • Protección integral para mujeres lesbianas y bisexuales. Ninguna mujer será reprimida, prohibida o sancionada por amar o ser como es.
  • Protección integral para mujeres transgénero. La problemática de las mujeres trans debe ser prioridad para el Gobierno.
  • Protección integral para mujeres con discapacidad. Ninguna mujer verá sus capacidades subestimadas ni atravesará obstáculos para tener calidad de vida.
  • Protección integral para las mujeres migrantes. Políticas públicas de género en Migraciones para que cese la violencia estatal sobre ellas.
  • Protección integral, visibilización y campañas efectivas para la problemática de las mujeres con VIH. Ninguna mujer con VIH será estigmatizada.
  • Protección integral para las niñas y adolescentes en toda su diversidad. Ninguna niña ni adolescente sufrirá la violencia de género.
  • Protección integral para las mujeres ancianas en toda su diversidad. Ninguna mujer anciana estará abandonada por el Estado.
  • Políticas y acciones de reparación para las mujeres afroperuanas, andinas y amazónicas, por la violencia e invisibilidad histórica que operan sobre ellas por ser parte de estas comunidades étnico-raciales. Ni una mujer será discriminada social ni estructuralmente por su identidad étnica.
  • Despenalización del aborto. Ninguna mujer morirá por abortos clandestinos.
  • Paridad y alternancia en todos los puestos políticos. Nunca más una potica hecha solo por hombres.
  • Ninguna mujer rescatada víctima de trata de personas será privada de su libertad. Se garantizará y monitoreará que hayan sido informadas de sus derechos (a ellas y a sus familiares) y que estén recibiendo defensa legal. El estado nunca más evadirá su responsabilidad en la atención integral y protección a las sobrevivientes y sus familias.
  • Políticas económicas y redistributivas que tengan como prioridad sacar a las mujeres de la pobreza y pobreza extrema. Nadie comerá nunca más de nuestra pobreza.
  • Respeto irrestricto al Estado laico. El Estado sacará sus creencias de la administración pública.
Luchemos unidas para lograr nuestros objetivos, invitemos a todas las mujeres a que se unan a esta lucha y articulemos con todas las mujeres del mundo, porque la solidaridad es nuestra arma y es la que conseguirá las transformaciones que queremos.
Este 8 de marzo nosotras paramos para decir ¡ya es suficiente!

Si nuestras vidas no valen, ¡produzcan sin nosotras!

Facebook: Paro Internacional de Mujeres – Perú

 

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